1 – O menino pássaro
O caso se tornou conhecido em 2008, depois que assistentes sociais encontraram um menino vivendo em um pequeno apartamento em Kirovsky, na Rússia, como se fosse um passarinho — literalmente. O pequeno tinha 7 anos de idade e morava sozinho com a mãe, que o mantinha confinado em um quarto repleto de gaiolas, dezenas de pássaros, fezes de animais e comida para aves.Julia Fullerton-Batten
De acordo com as pessoas que encontraram o garoto, a mãe jamais havia trocado nenhuma palavra com ele, então, para se comunicar, o menino gorjeava como um passarinho. Além disso, quando ele percebia que as pessoas não compreendiam o que ele estava tentando “dizer”, o garoto abanava os braços como se fossem asas.
Até onde se sabe, o menino não sofria abusos por parte da mãe — que não o agredia e o mantinha bem alimentado. No entanto, ela abriu mão da guarda do filho e, desde então, ele foi levado a um centro psicológico para reabilitação.
2 – Shamdeo
Shamdeo foi o nome dado a um menino com idade estimada em quatro anos que foi descoberto na floresta de Musafirkhana, na Índia, em meados de 1972. Quando foi encontrado, o garoto apresentava a pele escurecida, as unhas compridas e curvadas para baixo, como se fossem garras, calos nas mãos, nos joelhos e cotovelos, dentes afiados — e estava brincando com filhotes de lobo.Julia Fullerton-Batten
O menino foi levado para viver no vilarejo de Narayanpur e, apesar de desenvolver a habilidade de se comunicar através de sinais, ele nunca aprendeu a falar. Shamdeo gostava de caçar galinhas, comia terra e era fã de carne crua e sangue, mas, com o tempo, o convívio com humanos o levou a ir deixando seus antigos hábitos alimentares para trás.
Em 1978, o garoto foi enviado a uma instituição de caridade comandada pela Madre Teresa de Calcutá conhecida como “Prem Niwas”. Lá ele foi rebatizado com o nome de Pascal, e permaneceu no local até o seu falecimento, em 1985.
3 – Oxana Malaya
O caso da ucraniana Oxana Malaya veio a público 1991, depois de a menina — que na época tinha 8 anos de idade — foi encontrada vivendo em um canil. Os pais da menina eram alcóolatras e deixaram a filha para fora de casa uma noite. Oxana tinha cerca de três anos quando isso aconteceu e, para se manter aquecida, ela foi se aninhar junto a um bando de cachorros que a família tinha em um barracão no quintal.Julia Fullerton-Batten
A garotinha passou a viver com os animais desde então, dividindo com os cães pedaços de carne crua e restos de comida. Quando foi descoberta — graças a um vizinho que comunicou as autoridades —, Oxana se comportava mais como cachorro do que como humana, cerrando os dentes para estranhos, arfando com a língua de fora, caminhando sobre quatro apoios e latindo para se comunicar.
A ucraniana foi submetida a vários anos de intensa terapia, mas jamais se recuperou completamente da experiência. Atualmente, ela vive em uma clínica para deficientes mentais na cidade de Odessa, onde ela se dedica a tratar das vacas que são mantidas no local sob a supervisão de cuidadores.
4 – John Ssebunya
Em 1988, depois de testemunhar o seu próprio pai assassinar a mãe, o pequeno John Ssebunya — que na época tinha entre 2 e 3 anos de idade — fugiu para uma floresta próxima do vilarejo de Bombo, em Uganda, onde ele morava. O menino foi descoberto por acaso em 1991, e depois de ser capturado e levado de volta à civilização, ele reaprendeu como se comunicar e contou que havia sido “adotado” por um grupo de macacos.Julia Fullerton-Batten
Quando foi encontrado, o corpo de John estava coberto de pelos, seus joelhos continham calos por conta de ele se locomover como um macaco, e seus intestinos estavam infestados de vermes. Segundo disse, durante o período em que viveu na mata, sua dieta consistia em batata doce, raízes e mandioca. O menino foi viver em um orfanato após ser resgatado e, mais tarde, em 1999, fez parte do coral de uma ONG infantil chamada Pearl of Africa.
5 – Rochom P’ngien
Rochom P’ngien é uma jovem do Camboja que passou nada menos do que 19 anos de sua vida vivendo isolada em uma floresta localizada na província de Rattanakiri. Ela foi descoberta em 2007, quando foi pega tentado roubar comida em um vilarejo próximo à mata, e um policial local a identificou como sendo sua filha que havia desaparecido quando ela tinha 8 anos de idade.Julia Fullerton-Batten
Na verdade, Rochom P’ngien desapareceu junto com sua irmã de 6 anos enquanto as duas cuidavam de um rebanho de búfalos, e a caçula jamais foi encontrada. Quando Rochom apareceu, ela estava completamente nua, cheia de cicatrizes e toda suja. Além disso, ela era incapaz de se comunicar e preferia se locomover caminhando de quatro, sem falar que teve muitas dificuldades em se readaptar à vida junto a outros seres humanos.
A cambojana chegou a desaparecer novamente em 2008, mas voltou após alguns dias, e aos poucos foi aprendendo a se alimentar, tomar banho e se vestir sozinha. Em 2010, ela voltou a fugir e, atualmente, Rochom vive em um galinheiro próximo à casa de sua família, voltando para fazer “visitas” cada três ou quatro dias. Contudo, até hoje, ela é incapaz de se comunicar com as pessoas.
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