Conheça 5 construções que sobreviveram a grandes desastres

O mundo já passou por grandes tragédias, desde guerras arrasadoras até tsunamis, tufões e outros desastres destruidores.
Durante esses eventos, além da morte de milhares de pessoas, muitas construções se perderam, porém, algumas conseguiram resistir bravamente, sobrevivendo às mais difíceis condições climáticas e da ação do homem. Confira abaixo algumas delas, de acordo com um artigo de Grace Murano do Oddee:

1 – O Portão de Brandemburgo

O Portão de Brandemburgo, que fica em Berlim, é um dos marcos mais importantes e reconhecidos da capital alemã. O monumento Foi encomendado pelo rei Frederico Guilherme II da Prússia como um sinal de paz, sendo projetado por Carl Gotthard Langhans e construído entre 1788 e 1791.
A bela construção ganhou ainda mais visibilidade como um triste símbolo da divisão entre os setores leste e oeste, soviético e britânico (respectivamente), durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi o único marco a sobreviver ao bombardeio dos aliados à capital alemã, em 1945, embora tenha sido bastante danificada com buracos de balas nas colunas e explosões próximas.
Na época, a quadriga (uma biga puxada por quatro cavalos) que fica no topo do monumento foi retirada pelas autoridades soviéticas e praticamente destruída. Depois, a grande peça foi restaurada. O Portão acabou tornando-se parte do Muro de Berlim, ficando completamente interrompido para o tráfego de pedestres e automóveis por quase 30 anos.
Após a reunificação pacífica da Alemanha e queda do muro, na noite de 9 para 10 de Novembro de 1989, a abertura do Portão de Brandemburgo foi repensada. Ele foi remodelado em 2000 e hoje é um dos monumentos mais visitados na Alemanha e na Europa.

2 – O Santuário de Sanno

Símbolo de uma época terrível de destruição, o Santuário de Sanno, localizado a cerca de 800 metros a sudeste de onde foi o hipocentro da bomba atômica de Nagasaki, é conhecido por seu torii (portal tradicional japonês ligado à tradição xintoísta) de pedra de uma perna só.
O monumento com apenas uma base foi um dos resultados da catastrófica explosão da bomba atômica em 9 de agosto de 1945. Uma coluna de apoio foi derrubada, mas a outra, de alguma forma, permaneceu de pé.
O bairro inteiro foi reduzido a escombros pela explosão da bomba atômica, mas este portão, embora localizado muito perto do hipocentro, milagrosamente conseguiu resistir à força devastadora, conservando a marca daquele terrível dia de 1945.

3 – A cúpula de Hiroshima

Três dias antes da ocorrência de Nagasaki, a bomba atômica de urânio foi lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima, causando danos irreparáveis e milhares de mortes em um cenário apocalíptico. Porém, a cúpula de um edifício resistiu aos efeitos devastadores da força da bomba radioativa.
O edifício, que foi projetado por um arquiteto tcheco em 1915, tinha sido originalmente utilizado como um setor de assuntos industriais da Prefeitura de Hiroshima. Como o prédio fica localizado a cerca de 160 metros do hipocentro da bomba, obviamente ele foi fortemente atingido e todas as pessoas que estavam lá dentro morreram.
No entanto, ele não foi destruído completamente, sobrando parte de sua estrutura e da cúpula que era feita de metal. O programado era que tudo fosse demolido com o resto das ruínas, mas os planos foram adiados, pois muitas pessoas gostariam de torná-lo como um memorial do bombardeio e um símbolo da paz. Por fim, isso aconteceu e o edifício foi preservado dessa forma, tornando Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1996.

4 – O Templo de Horyu-Ji Pagoda

Além de ter sofrido com ataques de bombas atômicos, o Japão sofre de tempos em tempos com fortes terremotos devido à instabilidade sísmica de sua localização. O país já foi atingido por abalos de escala 7.0 ou até mais altos por cerca de 46 vezes desde que o Templo Horyu-Ji foi construído (no estilo “pagode”, que é um tipo de estrutura budista) em 607 depois de Cristo.
A construção de cinco andares, localizado em Sai-in, tem 32,45 metros de altura. É uma das mais antigas construções de madeira do mundo e essa matéria-prima utilizada no pilar central foi estimada através de uma análise que pode ter sido cortada em 594. Mas, então, como uma estrutura desse tamanho ficou de pé depois de tantos terremotos?
A tecnologia do pagode chegou ao Japão durante o século VI, junto com o Budismo da China. No continente, os pagodes eram tradicionalmente construídos de pedra. No entanto, devido à instabilidade do Japão, esse tipo de projeto era simplesmente insustentável.
Depois de anos de experimentação, os construtores japoneses descobriram como adaptar pagodes às condições instáveis, usando três alterações de design: o uso de beirais largos e pesados, pisos desconexos e o pilar central para absorção de choque, chamado de shinbashira. Com esse estilo estrutural, a construção se mantém de pé.

5 – A Mesquita de Rahmatullah

O dia 26 de dezembro de 2004 foi marcado por um evento catastrófico na região da Indonésia. Um terremoto devastador de 9.1 na escala Richter sacudiu o Oceano Índico ao largo da costa do Norte de Sumatra. O terremoto causou um tsunami terrível, que varreu um número de praias ao redor do Oceano Índico.
Os efeitos do tsunami foram de uma magnitude gigantesca. Mais de 230 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas e desabrigadas. Uma das cidades afetadas foi Lhoknga City, na costa oeste de Sumatra, perto da cidade capital de Aceh.
A cidade foi arrasada, porém uma estrutura permaneceu de pé com toda a sua imponência. Uma mesquita sobreviveu e manteve-se firme no meio da destruição. Muitos moradores acreditam que a intervenção divina salvou a mesquita Rahmatullah.

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