Peidar no espaço ajuda o astronauta a se locomover? Descubra

Essa é uma daquelas curiosidades extremamente bizarras e nojentas: seria possível usar seus gases intestinais como propulsores se você estivesse em gravidade zero? Pode parecer uma dúvida de quem adoram zoar, mas alguns dos astronautas mais renomados da história já tentaram.
Infelizmente, a NASA nunca fez um experimento de verdade sobre o assunto, mas tripulantes da Estação Espacial Internacional já contaram como foi realizar o teste por conta própria. O popular Chris Hadfield, que ficou quase três meses no espaço, tem a resposta. “Muitos astronautas já tentaram, mas, convenhamos, lá não é um bocal certo de propulsão”, explica.
O assunto foi explicado em uma sessão de entrevistas no Reddit. Um dos usuários do fórum quis saber se era possível ficar “preso” em algum lugar da Estação Espacial, enquanto se está flutuando, sem poder se segurar em alguma parede ou estrutura para tomar propulsão. E como um assunto leva ao outro, logo um dos maiores astronautas dos últimos tempos estava falando sobre peidar no espaço.

Chris Headfield contou que astronautas já tentaram usar seus punzinhos para se locomover na Estação Espacial

Estocando “vento”

Dois grandes problemas interferem no uso do propulsor humano à base de punzinhos como forma de locomoção na gravidade zero: primeiro é o uso de roupas, que abafaria os gases dos astronautas; segundo é que o reto e o ânus não possuem a aerodinâmica correta de um foguete de propulsão.
Seria necessário a introdução de algum tipo de bico convergente bem “lá em baixo”, que comprimisse a saída do peido e depois o liberasse com uma certa velocidade. O site Fight Club inclusive conversou com um dos especialistas em motores de propulsão da Rolls-Royce, Adrian Sitler, que também explicou que outro problema é o fato de o pum sair de nosso corpo com velocidade subsônica.
Só que pensar em algum objeto que transformasse os gases em propulsores também deve levar em consideração alguns outros fatores: o tamanho do orifício de saída e o retorno do fluxo expelido. Além disso, um suposto propulsor desse gênero precisaria “estocar” os gases já que é necessária uma quantidade maior do que peidamos normalmente.
Além dos gases serem subsônicos, seria necessário armazená-los

Dispositivo

Depois de diversos cálculos físicos e científicos, Jason Torchinsky, autor do artigo, chegou a um “protótipo” do que poderia ser esse dispositivo. Ele o apelidou de Anal Propulsion Enhancement via Funnel Actuated Rocketry Tool (APE-FART), ou, em tradução livre, Aprimoramento de Propulsão Anal via Ferramenta de Foguete Acionado por Funil.
A eficácia do APE-FART, porém, deve ser apenas alguns metros – o suficiente para você sair de um local que está “preso” enquanto flutua na Estação Espacial até a parede mais próxima. Será que valeria a pena tanto esforço para desenvolver essa tecnologia? Pelo jeito deve ser mais fácil (e menos invasivo, é claro) chamar algum colega para te dar um empurrãozinho, não acham?
APE-FART funcionaria para pequenas distâncias

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