13 frases sem sentido ditas pela Presidenta Dilma

O ano que está se encerrando foi o que Dilma Rousseff mais esteve exposta aos microfones: como presidente da República, ela providenciou cerimônias oficiais por todo o país e estendeu seus discursos para garantir créditos eleitorais. Como candidata, concedeu entrevistas diárias e não fugiu dos debate na TV. Também por isso, não houve marqueteiro que impedisse a petista de cometer trapalhadas verbais. Por desatenção, despreparo ou a peculiar confusão, Dilma disparou uma sequência de frases para uma eventual coletânea futura. O site de VEJA separou algumas para relembrar 2014 e, ao mesmo tempo, preparar os seus leitores para mais quatro anos de conflito entre a presidente da República, os microfones, a lógica e a língua portuguesa.



Terra curva


Frase: "Eu, para ir, eu faço uma escala. Para voltar, eu faço duas, para voltar para o Brasil. Neste caso agora nós tínhamos uma discussão. Eu tinha que sair de Zurique, podia ir para Boston, ou pra Boston, até porque... vocês vão perguntar, mas é mais longe? Não é não, a Terra é curva, viu?.
Quando: Em Havana, no dia 30 de janeiro.
O que ela queria dizer: Que a escala feita em Portugal na volta de Zurique era justificável.

Estradas de água

Frase: “Esse país foi descoberto, foi colonizado através das estradas de água. Essas estradas de água são a forma mais barata de transporte”.
Quando: Em 11 de fevereiro, na abertura oficial da colheita da safra brasileira de grãos 2013-2014, na cidade de Lucas do Rio Verde (MT).
O que ela quis dizer: Estradas de água não existem. Se existissem e o Atlântico for considerado uma delas, talvez a referência ao descobrimento fizesse sentido.

Árvores plantadas pela natureza

Frase: “A Zona Franca de Manaus, ela está numa região, ela é o centro dela porque é a capital da Amazônia (…). Portanto, ela tem um objetivo, ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo".
Quando: Na cúpula da União Europeia, em Bruxelas, em 24 de fevereiro.
O que ela queria dizer: Que a Zona Franca de Manaus oferece uma alternativa econômica ao desmatamento. Em tempo: Manaus é a capital do Estado do Amazonas.

 

Chuchar

Frase: “Nós sabemos, e eu já estive aqui várias vezes antes, que essa é uma cidade arborizada, cercada por rios, e que tem essa interessantíssima característica de ter muitas mangueiras. De fato, deve ser muito bom morar numa cidade que de repente você pode chuchar uma árvore e cair uma manga na sua mão. É de fato algo que todo mundo quer, é pegar e ter acesso a uma boa manga”
Quando: Em Belém (PA), no dia 20 de março, durante anúncio de investimentos do PAC Mobilidade Urbana.
O que ela quis dizer: O sentido de “chuchar” nesse contexto ainda é um mistério.

 

Cachorros

Frase: "É interessante que muitas vezes no Brasil, você é, como diz o povo brasileiro, muitas vezes você é criticado por ter o cachorro e, outras vezes, por não ter o mesmo cachorro. Esta é uma crítica interessante que acontece no Brasil".
Quando: Em 11 de abril, durante a inauguração de um sistema de saneamento básico em Porto Alegre (RS).
O que ela queria dizer: Que os críticos muitas vezes vezes são injustos.

 

Ciência

Frase: “E nós criamos um programa que eu queria falar para vocês, que é o Ciência sem Fronteiras. Por que eu queria falar do Ciência sem Fronteiras para vocês? É que em todas as demais... porque nós vamos fazer agora o Ciência sem Fronteiras 2. O 1 é o 100 000, mas vai ter de continuar fazendo Ciência sem Fronteiras no Brasil”.
Quando: Em 7 de maio, no Rio de Janeiro, durante a 9ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.
O que ela quis dizer: A segunda etapa do Ciência Sem Fronteiras é essencial, apesar de a primeira edição do programa ter atendido 100.000 estudantes.

 

Criar cultura

Frase: "A cultura permite isso, permite que a gente perceba como a vida é diversa, e como ela permite que nós sejamos capazes de criar cultura e, como espectadores ou consumidores de livros, de filmes, de curtas, de televisão, enfim, de todas as telas, que a gente sinta uma imensa alegria no coração”.
Quando: em 1º de julho, durante o lançamento do Programa Brasil de Todas as Telas, em Brasília. 

O que ela quis dizer:  A cultura nos permite criar cultura e sentir alegria.

 

Dez mil

Frase: “O que que é 10 000?”

Quando: Em 29 de julho, em sabatina do jornal Folha de São Paulo
O que ela quis dizer: Que ela prefere manter 150 000 reais em espécie dentro de casa a lucrar 10 000 por mês aplicando esses recursos na poupança.

 

Bacalhau

Frase: “O bacalhau é uma moleza de fazer. Posso falar, é simplíssimo o bacalhau. Você corta várias coisas, bota uma camada, bota outra, bota, você vai ver o bacalhau… agora, é sem reclamações, sem reclamações. Tchau. Ah, não, não pode reclamar, porque senão não tem graça”
Quando: Em 25 de agosto, em entrevista no Palácio da Alvorada.
O que ela quis dizer: Que o bacalhau é uma moleza de fazer.

 

Corrupção

Frase: "Não acredito que tenha alguém acima da corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção"
Quando: no debate da TV Record.
O que ela quis dizer: Que é preciso ter mecanismos eficientes para punir corruptos.

 

Senai para economista

Frase: “Eu acho, Elizabeth,  que seria interessante que você olhasse entre os vários cursos que tem sido oferecidos inclusive pelo Senai”.
Quando: no debate da TV Globo no segundo turno.
O que ela quis dizer: que uma economista com 55 anos de idade deve fazer um curso técnico para arranjar um emprego.

 

Mano Brown

Frase: “Assim, como todos merecem a oportunidade de conhecer e se emocionar com as letras pungentes dos raps cantados por Mano Brown, cada homenageado, e cada homenageada dessa edição da Ordem do Mérito Cultural assim como todos que vivem intensamente a sua opção pela cultura merecem nossas homenagens”.

Quando: "Em 5 de novembro, durante a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2014.
O que ela quis dizer: Mano Brown é autor de letras pungentes e os homenageados merecem homenagens.

 

Submarinos

Frase: "Essa unidade principal do prédio... que constitui a unidade principal, o prédio principal desse complexo de estaleiro de construção de submarinos, ela se constitui em mais um passo, mais um passo para fazer aqui o complexo naval de Itaguaí, um verdadeiro polo tecnológico, um polo industrial de imensa relevância para o nosso desenvolvimento, para o desenvolvimento do nosso país".
Quando: Em 12 de desembro, na inauguração da 1ª etapa do Estaleiro de Construção de Submarinos, em Itaguaí (RJ).
O que ela quis dizer: Uma explicação cheia de ecos sobre a construção de submarinos.

 por: VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...